terça-feira, 30 de agosto de 2011

Nome: Bonito

Nome científico: Euthynnus alleterattus

Água Doce ou Salgada: Salgada

Família: Scombridae

Características: É a espécie mais facilmente distinguida das demais de Bonitos que freqüentam a costa brasileira. O corselete - área anterior formada por escamas ausentes no resto do corpo -, as 2 a 12 manchas negras arredondadas entre as nadadeiras peitorais e pélvicas na região ventral anterior, e as listras do dorso, que muitas formam manchas negras arredondadas, são características muito fáceis de se observar. É a espécie que mais se aproxima da costa e chega a freqüentar praias, eventualmente. Atinge porte muito bom para a pesca esportiva: cerca de 1 m e mais de 15 kg. Oferece demoradas e bastante intensas brigas no início. Seus grandes feixes musculares vermelhos, ou seja, de respiração aeróbica, lhes possibilitam alongar disputas por muitos minutos, dependendo do equipamento do pescador. Uma das maneiras de identificar um exemplar da espécie está em seu comportamento quando fisgado: começa a nadar em círculos sob o barco na medida em que se entrega.

Hábitos: Suas presas favoritas incluem peixes e, também, moluscos, como lulas. Em menor escala, também comem crustáceos. Os indivíduos da espécie formam um importante elo na cadeia alimentar marinha. Entram nas dietas de grande variedade de peixes como os Marlins, Sailfishes, Dourados e até Atuns e Bonitos maiores. Por esse motivo, constituem-se excelentes iscas. São animais gregários e podem formar cardumes numerosos, com indivíduos de tamanhos homogêneos. São facilmente avistados quando se alimentam de peixinhos na superfície, quer seja pelo reboliço que causam, como pelas indicações feitas por aves aquáticas.

Curiosidades: Bonitos têm um aspecto curioso: assim como outros membros da família Scombridae, podem apresentar temperatura corpórea maior que a da água, ao contrário da esmagadora maioria dos peixes de todo o mundo, em que o calor do corpo acompanha o do ambiente. Assim esses peixes podem se manter mais quentes que a água em temperaturas superiores a 5 º C.

Onde encontrar: Podem ser encontrados ao longo de toda a costa brasileira, em águas superficiais, geralmente nos primeiros 200 m. Por serem típicos da plataforma continental, pertencem à mais abundante espécie de Bonitos. Sua captura é realizada durante o dia e nunca à noite. Durante os meses de maior ocorrência, devem ser buscados em águas superficiais, ao redor de ilhas e próximos de lajes e parcéis. Aves aquáticas alimentando-se podem ser um bom sinal de sua presença.

Dicas para pescá-lo: Para pesque-e-solte, são necessários alguns cuidados. Devolva-os rapidamente, jogando-os de frente para dar impulso, de modo que caiam na água e já saiam nadando. São nadadores velozes, com taxa metabólica muito alta e não resolve pô-los para se recuperarem ao lado do barco.




Cavala Wahoo



Nome: Cavala Wahoo, conhecida também como cavala-aipim, cavala da índia, carapicu ou somente wahoo

Nome científico: Acanthocybium solandri

Água doce ou salgada: Salgada

Família: Scombridae

Características: chega a atingir 2 metros de comprimento e 80 Kg de peso, porém a média fica entre 10 kg e 30 kg dependendo da região em que se encontra. Tem o corpo fusiforme, alongado e ligeiramente comprimido todo revestido por escamas bem pequenas, quase imperceptíveis, e listras verticais mais escuras sobre as laterais do corpo de coloração azulada lembrando um tigre, característica que muitas vezes não é encontrada nos indivíduos maiores, e uma linha lateral bem marcada. Com focinho longo, cônico e pontudo e cabeça pontiaguda, seus maxilares marcantes formam um "bico" que podem ser movimentados como uma tesoura, pois a maxila superior é móvel. Seus dentes são proeminentes, serrilhados, enfileirados, contínuos, bem afiados e fortes. Apresenta duas nadadeiras dorsais ligeiramente separadas e três quilhas no pedúnculo caudal. A nadadeira caudal é bem furcada e as barbatanas são pequenas.

Hábitos: realiza migrações sazonais geralmente sozinhos ou com aproximadamente 10 indivíduos, quando mais nova costuma formar cardumes maiores se agrupando na superfície. Após os quatro anos de idade, quando já está com tamanho acima de 50 cm, costuma formar grupos e migrar para regiões onde o verão ainda predomina. Pode desovar durante todo o ano depositando em cada uma delas milhões de ovos. Predadora, a cavala se alimenta muito de lulas, além de atuns, peixes voadores, baiacus, sardinhas, manjubas e outras espécies menores.

Curiosidades: Apesar de seu grande porte, é um dos peixes mais rápidos do mar e do mundo graças ao seu corpo com um formato extremamente "aerodinâmico" que possibilita atingir velocidades altíssimas bem próximas de 80 Km/h - marca provavelmente nunca alcançada por quaisquer outros peixes desse porte, o que contribui para a sua reputação de um dos grandes predadores dos mares. Geralmente é bastante solitária mas extremamente voraz. Quando capta a presença de alimento se move rapidamente em sua direção e seu primeiro arranque é tão violento que atinge a velocidade máxima em menos de um segundo. Costuma ferir sua vítima primeiro para depois retornar e com mais calma devorar os que ficaram feridos.

Onde encontrar: é uma espécie oceânica que migra parcialmente, preferindo águas tropicas em todo o Pacífico e Atlântico, e está presente nas zonas tropicais e subtropicais. No Brasil habita todo o litoral, desde o Amapá até Santa Catarina, e costuma ser mais abundante na chegada do verão, principalmente no nordeste, freqüentando os costões rochosos e regiões de mar aberto não muito distantes da costa.

Dica para pescá-lo: Por ser pouco abundante, é encontrada perto da superfície e também em médias profundidades. Solitária ou em cardumes, permanece perto de plataformas, sargaços, naufrágios, recifes, à volta de detritos de superfície ou próxima a topos submersos onde se encontra maior concentração de pequenos peixes, mas também são vistos em alto mar.

Dourado-do-mar

                                                                                                                                   

Nome: Dourado-do-mar

Água doce ou salgada: Salgada

Família: Coryphaenidae

Características: A Coryphaena hippurus é a espécie encontrada no Brasil. Alcança dois metros de comprimento total e 40 kg, sendo comuns exemplares de porte de 1,5 m e 8 kg. É uma espécie de tonalidades metálicas e escamas pequenas. A nadadeira dorsal, que se estende da cabeça ao pedúnculo caudal, é grande e contínua, mais elevada anteriormente, com cerca de 60 raios e cor azul forte; a anal é falcada, com os três raios anteriores mais desenvolvidos, de cor dourada ou prateada; as outras nadadeiras são douradas ou prateadas, com a margem azul: as peitorais e as ventrais, na mesma vertical, são bem desenvolvidas e a caudal é lunada e escamosa.

Tem dimorfismo sexual, sendo que os machos têm a cabeça muito maior que a das fêmeas. É um peixe extremamente veloz, que dá saltos espetaculares. São pelágicos e de superfície, com os jovens formando cardumes que chegam próximos da costa, e os adultos, aos pares, grupos ou cardumes, em mar aberto.

Hábitos: Espécie migradora, vive em cardumes no alto mar, sendo que os indivíduos jovens normalmente ficam próximos à costa, onde se reproduzem, quase que durante o ano inteiro. Tem o hábito de acompanhar grandes objetos, como troncos à deriva.

Costuma se alimentar de lulas e pequenos peixes, como sardinhas e paratis, peixes-voadores, agulhas, além de crustáceos. Alimentam-se também à noite.

Curiosidades: Há fases em que os exemplares são quase prateados, verdes ou com faixas pálidas verticais, variáveis em tamanho e número, no corpo. As faixas e as cores mais brilhantes desaparecem rapidamente ao ser retirado da água, mas a região cefálica permanece amarelada.

Onde encontrar: O dourado-do-mar costuma habitar as regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul, sendo encontrado do Amapá a Santa Catarina. O local mais fácil para encontrá-los é junto a detritos de superfície e sargaços, entre os meses de outubro a março, pois, nessa época, os dourados ficam mais próximos da costa, acompanhando a corrente do Brasil. Entre janeiro e fevereiro, pode ser encontrado mais perto de costões.

Dica para pescá-lo: A forma mais comum de pescar o dourado-do-mar é na modalidade de corrico. Mas também é possível pescá-lo de arremesso, quando está sob objetos flutuantes. Neste momento, basta arremessar uma isca, que o ataque é praticamente certo.