terça-feira, 26 de abril de 2011

Historias de pescador


Fernando Acorci - São Paulo-SP

Eu me chamo Fernando, fui pescar no rio chamado, Passo da Lontra, no Mato Grosso. Ninguem queria sair de barco e eu fui pescar de barranca (como sou cagado), peguei um cardume de Piraputanga e Pacu.
Estava pescando com 5 varas de bambu, tudo apoitada mais não tinha jeito, perdi quatro, porque os peixes estavam com muita fome, eu jogava seva curtida para chamar os peixes, e eles enlouqueciam e eu junto não é história de pescador, mas, eu peguei 21 quilos de Piraputanga e 13 dePacu. Mas, a guarda da fronteira não deixou eu passar com tantos peixe daquele jeito.Essa foi uma das melhores pescaria, que fiz no Mato Grosso.
Ah, estava pescando com milho e coquinho.

sábado, 23 de abril de 2011

Historia de pescador

Certa vez eu e um amigo fomos pescar no rio paraná, a pescaria estava boa com varios peixes, mas no final do ultimo dia da pescaria acabaram as iscas, então meu amigo que é muito engenhoso teve a idéa, pegar uma folha escrever "isca" e enroscar no anzol. tão grande foi minha surpresa ao ver minha vara envergando já fisgada, enrolei a linha e ao tirar da água tinha uma imensa folha de bananeira escrito "peixe"..

sexta-feira, 22 de abril de 2011

peixes de agua doce.



Nome PopularAcará-açu, Apaiari/Oscar
Nome CientíficoAstronotus spp.
FamíliaCichlidae
Distribuição GeográficaBacias amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata. Foi introduzido nos açudes do Nordeste e na bacia do rio São Francisco.
DescriçãoPeixes de escamas. Existem duas espécies identificadas como do gênero Astronotus: A. ocellatus (bacias amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata) e A. crassipinis (bacia amazônica). Ambas possuem coloração e padrão de manchas bastante parecidos. O corpo apresenta manchas escuras verticais irregulares e uma grande mancha ocelar na parte superior do pedúnculo da nadadeira caudal. Às vezes apresentam forte coloração avermelhada nos flancos e no ventre. A. ocellatus se diferencia pela presença de ocelos na base da nadadeira dorsal. Os ocelos são escuros no centro e alaranjados ao redor. Ambas as espécies atingem cerca de 35-40cm de comprimento total e cerca de 1,5kg.
EcologiaPeixes onívoros, com forte tendência a carnívoros, consumindo pequenos peixes, insetos, crustáceos e frutos/sementes. Vivem principalmente em lagos de várzea e lagoas marginais. Não são migradores. Atingem a maturidade por volta de 10-12 meses e desovam mais de uma vez por ano, com cerca de 1.500-2.000 ovos por desova. Formam casais na época da reprodução e protegem a prole. Os adultos são muito apreciados como alimento e os alevinos como peixe ornamental.
EquipamentosVaras de ação leve, linhas de 8 a 12 lb.; anzóis de n° 12 a 20.
IscasPedaços de peixe, minhoca, minhocuçu, miúdos de frango, insetos e iscas artificiais de superfície e meia água, como pequenos plugs e spinners.

Apapá



Nome Popular
Apapá, Sardinhão, Dourada/Herring
Nome CientíficoPellona castelnaeana (apapá-amarelo, dourada, sardinhão)
P. flavipinnis (apapá-branco)
FamíliaClupeidae
Distribuição GeográficaBacias amazônica e Araguaia-Tocantins (Pellona castelnaeana e P. flavipinnis) e Prata (P. flavipinnis).
DescriçãoPeixes de escamas; corpo comprimido; cabeça pequena; boca pequena, ligeiramente voltada para cima; região pré-ventral serrilhada; nadadeira adiposa e linha lateral, geralmente, ausentes. As duas espécies se diferenciam facilmente pela coloração amarelada do apapá-amarelo e prateada do apapá-branco, ambos com o dorso escuro. O apapá-amarelo atinge mais de 60cm de comprimento total; o apapá-branco é um pouco menor, chegando a 50cm.
EcologiaA maioria das espécies desta família é de origem marinha e estuarina. As espécies de água doce são peixes pelágicos (superfície e meia água), ocorrendo em rios, lagos e matas inundadas. Pequenos cardumes de apapá são comuns em corredeiras. As duas espécies podem ser encontradas juntas, sendo que o apapá-amarelo é mais comum. Alimentam-se de pequenos peixes na superfície da água, durante as horas crepusculares. O apapá é considerado um peixe de 2ª classe, não sendo importante nas capturas comerciais.
EquipamentosEquipamento de tamanho médio e varas de ação rápida são os mais indicados para se fisgar esses peixes; linhas de 10 a 12 lb.; anzóis pequenos.
IscasPodem ser capturados com iscas naturais, peixes pequenos ou em pedaços iscados sem chumbo, e artificiais como plugs de superfície e meia água, pequenas colheres e spinners.
DicasAs iscas devem ser trabalhadas bem na superfície da água. O pescador precisa ter muita atenção, porque, quando fisgados, esses peixes costumam saltar fora d'água, escapando com facilidade.

Aruanã



Nome Popular
Aruanã
Nome CientíficoOsteoglossum bicirrhosum
FamíliaOsteoglossidae
Distribuição GeográficaBacias amazônica e Araguaia-Tocantins.
DescriçãoPeixe de escamas; corpo muito alongado e comprimido; boca enorme; língua óssea e áspera, como a do pirarucu; barbilhões na ponta do queixo; escamas grandes; coloração branca, mas as escamas ficam avermelhadas na época da desova. Alcança cerca de 1m de comprimento total e mais de 2,5kg. No rio Negro também ocorre uma outra espécie O. ferreirai de coloração mais escura.
EcologiaO aruanã vive na beira dos lagos, ao longos dos igapós ou dos capins aquáticos, sempre à espreita de insetos (principalmente besouros) e aranhas que caem na água. É provavelmente o maior peixe do mundo cuja dieta é constituída principalmente por insetos e aranhas. Nada logo abaixo da superfície com os barbilhões projetados para a frente, mas a função dos barbilhões ainda é desconhecida. Em águas pouco oxigenadas, os barbilhões podem ser utilizados para conseguir oxigênio na superfície da água. O aspecto mais característico do comportamento alimentar do aruanã é a habilidade de saltar fora da água e apanhar as presas ainda nos troncos, galhos e cipós. Um indivíduo adulto pode saltar mais de 1 metro fora d'água. A espécie se reproduz durante a enchente, e os machos guardam os ovos e larvas na boca (os barbilhões também servem para guiar as larvas até à boca do macho quando saem para se alimentar). Os alevinos alcançam alto valor comercial como peixe ornamental.
EquipamentosO equipamento deve ser do tipo médio; linhas 12, 14 e 17 lb.; anzóis 1/0 a 3/0.
IscasEsse peixe pode ser capturado tanto com iscas naturais (peixes, camarão, insetos etc.) quanto artificiais, como plugs de superfície e meia água e colheres.
DicasÉ mais fácil capturar o aruanã na beira dos lagos e lagoas, nas proximidades de troncos e plantas aquáticas. O aruanã costuma dar saltos espetaculares quando capturado, e o pescador precisa ter muita atenção ao retirar o anzol do peixe para não se ferir.

Bagre



Nome Popular: Bagre
Nome científico: Bagre spp - ARIIDAE
Habitat: Este peixe pode ser encontrado tanto em águas salgadas e salobras da costa leste brasileira como nas águas interiores do nosso território. O nome Bagre é genérico, já que existem muitas espécies de Bagre diferentes. No mar podem atingir até um metro de comprimento e 15Kg de peso, sendo que em águas interiores chegam a atingir apenas 2Kg, não considerando é claro os grandes Bagres que tem nome específico como por exemplo a Pirarara e a Piraíba.
Como pescar: Este peixe pode ser pescado tanto na praia quanto embarcado em rios e canais de baías.

Em água salgada: Para a pesca de praia deve-se utilizar varas de 3,5 a 4,2m de comprimento, linha com 0,30mm de diâmetro, chumbada de 15 a 50g e anzóis tipo maruseigo de tamanho 2/0 a 4/0. Embarcado, deve-se utilizar varas de ação média para linhas de 10 a 20 Lbs, carretilha ou molinetecom capacidade para armazenar 100m de linha com 0,40mm de diâmetro, chumbada com peso variando entre 15 e 50g e anzóis tipo maruseigo tamanho 2/0 a 4/0. A melhor isca para este tipo de peixe é o camarão morto.
Em água doce: Deve-se utilizar equipamento leve, composto por uma vara para linhas de 6 a 14 Lbs, carretilha ou molinete com capacidade para armazenar 100 metros de linha com 0,30mm de diâmetro e anzóis tipo maruseigo tamanho 1/0 a 3/0. Deve-se utilizar chumbada que faça com que a isca toque o fundo. Pode-se também pescar com vara de bambu ou telescópica, caso o pesqueiro possibilite que , desta forma, a isca fique ao alcance do peixe. As melhores iscas são as minhocas, larvas e pedaços de carne(coração de boi).
Dica: Tome muito cuidado com os ferrões deste peixe, pois uma ferroada pode causar sérios danos ao pescador estragando a pescaria.
Melhor época: Durante todo o ano.
Tamanho mínimo: 25cm.

Cachara



Nome Popular 
Cachara, Surubim/Stripped Catfish
Nome CientíficoPseudoplatystoma fasciatum
FamíliaPimelodidae
Distribuição GeográficaBacias amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata.
DescriçãoPeixe de couro; corpo alongado e roliço; cabeça grande e achatada. A coloração é cinza escuro no dorso, clareando em direção ao ventre, sendo branca abaixo da linha lateral. Pode ser separada das outras espécies do gênero pelo padrão de manchas: faixas verticais pretas irregulares, começando na região dorsal e se estendendo até abaixo da linha lateral. Às vezes, apresenta algumas manchas arredondadas ou alongadas no final das faixas. Espécie de grande porte, pode alcançar mais de 1m de comprimento total.
EcologiaEspécie piscívora, com preferência para peixes de escamas, mas, em algumas regiões, camarão também é um item importante na dieta. Ocorre em vários tipos de hábitats como poços no canal dos rios, baixios de praias, lagos e matas inundadas. Realiza migração reprodutiva rio acima a partir do início da enchente. É importante na pesca comercial e esportiva.
EquipamentosO equipamento do tipo médio/pesado, já que é um peixe de grande porte; linhas de 17, 20, 25 a 30 lb., preparadas com empates e anzóis de n° 6/0 a 10/0.
IscasÉ capturado principalmente com iscas naturais de peixes, como sarapós, muçum, tuviras, lambaris, piaus, curimbatás e minhocuçu. Também podem ser utilizadas iscas artificiais, como plugs de meia água e de fundo, principalmente em lagos, lagoas e nas praias, mas, nesse caso, as iscas devem ser trabalhadas bem próximas ao fundo.
DicasOs cuidados ao manusear esse peixe devem ser redobrados, por causa dos espinhos das nadadeiras peitorais e dorsal.

Cachorra



Nome PopularCachorra, Peixe-cachorro, Pirandirá/Paraya
Nome CientíficoHydrolycus scomberoides
FamíliaCynodontidae
Distribuição GeográficaBacias amazônica e Araguaia-Tocantins. Existem quatro espécies de Hydrolycus descritas: H. scomberoides ocorre no rio Amazonas e tributários acima da boca do rio Tapajós; H. wallaceiocorre no rio Negro e na parte superior da bacia do rio Orenoco; H. armatus e H. tatauaiaocorrem na bacia amazônica, bacias dos rios Tocantins e Capim, rio Essequibo (Guiana) e bacia do rio Orenoco.
DescriçãoPeixe com escamas diminutas; corpo alto e comprimido. A boca é oblíqua com uma fileira de dentes e um par de presas na mandíbula. As presas são tão grandes que a maxila superior possui dois buracos para acomodá-los quando a boca está fechada. Nadadeiras peitorais grandes. Coloração prata uniforme com uma mancha preta alongada atrás do opérculo. As maiores espécies são H. armatus e H. tatauaia que podem alcançar mais de 1m de comprimento total.
EcologiaPeixe de meia água, ocorrendo em canais e praias de rios, lagos e na mata inundada. Espécie piscívora que ataca presas relativamente grandes, às vezes atingindo cerca de 40-50% do comprimento total do predador. Atinge a primeira maturação com cerca de 27cm de comprimento e a reprodução ocorre de novembro a abril. Realiza migração reprodutiva a grandes distâncias rio acima. Não é importante comercialmente.
EquipamentosO equipamento empregado é do tipo médio e médio/pesado; linhas de 14, 17, 20 e 25 lb.; e anzóis de n° 4/0 a 6/0. É recomendável o uso de empates de aço de pelo menos 20cm, pois esse peixe possui dentes muito afiados.
IscasPode ser capturado com peixes inteiros ou em pedaços (lambaris, tuviras, curimbatás etc.) e com iscas artificiais, como plugs de meia água, poppers e hélices.
DicasCostuma saltar fora d'água quando é fisgado, mas tende a se cansar com facilidade. O pescador deve ter cuidado ao soltar esse peixe, por causa dos dentes afiados. Não tem o hábito de procurar enroscos, o que facilita a captura.

Cachorra-facão



NomeCachorra-facão, Peixe-cachorro, Ripa
Nome CientíficoRhaphiodon vulpinus
FamíliaCynodontidae
Distribuição GeográficaBacias amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata.
DescriçãoPeixe com escamas diminutas; corpo bastante alongado e comprimido; boca grande e oblíqua. Dentes caninos, sendo que a mandíbula apresenta um par de presas que se encaixa no maxilar superior. Nadadeira dorsal localizada na metade posterior do corpo, na mesma direção da anal, e nadadeiras peitorais longas. Os raios medianos da nadadeira caudal são prolongados formando um filamento. Coloração prata uniforme, mais escura na região dorsal. Alcança 70cm de comprimento total e cerca de 600g.
EcologiaPeixe piscívoro. A reprodução ocorre de novembro a março e a primeira maturação sexual a partir de 24cm de comprimento. Não é importante como espécie comercial, porque possui muita espinha e pouca carne.
EquipamentosEquipamento do tipo médio; linhas de 14 a 20 lb.; anzóis de n° 4/0 a 6/0. Recomenda-se usar empate de aço com pelo menos 20cm.
IscasPodem ser capturados com peixes, pedaços ou inteiros, e também com plugs de superfície e meia água.
DicasAs possibilidade de captura são muito maiores se a fisgada for feita de baixo para cima.

Caparari



Nome PopularCaparari/Stripped Catfish
Nome CientíficoPseudoplatystoma tigrinum
FamíliaPimelodidae
Distribuição GeográficaBacia amazônica.
DescriçãoPeixe de couro; corpo alongado e roliço; cabeça grande e achatada. A coloração é cinza escuro no dorso, clareando em direção ao ventre, sendo esbranquiçada abaixo da linha lateral. Pode ser separada das outras espécies do gênero pelas manchas pretas irregulares, como de um tigre, que começam na região dorsal e se estendem até abaixo da linha lateral. O caparari apresenta um estreitamento da cabeça, o que também o diferencia das outras espécies do gênero. Espécie de grande porte, é a maior espécie do gênero, podendo alcançar mais de 1,30m de comprimento total.
EcologiaEspécie piscívora. Pode ser encontrada em vários tipos de hábitats como matas inundadas, lagos, canal dos rios e praias. Realiza migrações de desova rio acima durante a seca ou início das chuvas. É importante na pesca comercial e esportiva.
EquipamentosEquipamento do tipo médio/pesado; linhas de 17, 20, 25 a 30 lb., preparadas com empates; e, anzóis de n° 6/0 a 10/0.
IscasÉ capturado principalmente com iscas naturais de peixes, como sarapós, muçum, tuviras, lambaris, piaus, curimbatás e minhocuçu. Também pode ser capturado com iscas artificiais, como plugs de meia água e de fundo, principalmente em lagos, lagoas e nas praias, mas, nesse caso, as iscas devem ser trabalhadas bem próximas ao fundo.
DicasOs cuidados ao manusear esse peixe devem ser redobrados por causa dos espinhos das nadadeiras peitorais e dorsal.

Corvina



Nome PopularCorvina, Pescada/Freshwater Croaker
Nome CientíficoPlagioscion spp.
FamíliaSciaenidae
Distribuição GeográficaBacias amazônica e Araguaia-Tocantins. Introduzida e bem sucedida nos reservatórios das bacias do Prata e do São Francisco e nos açudes do Nordeste.
DescriçãoA família é principalmente marinha, mas possui vários representantes na água doce, sendo o gênero Plagioscion o mais comum. Peixes de escamas; coloração prata azulada; boca oblíqua, com um grande número de dentes Corvina recurvados e pontiagudos. Possui dentes na faringe e a parte anterior dos arcos branquiais apresenta projeções afiadas com a margem interna denteada. Alcança mais de 50cm de comprimento total.
EcologiaEspécies de fundo e meia água, sedentárias, que formam grandes cardumes na porção central de lagos, lagoas e reservatórios. Alimentam-se de peixes e camarões, com predominância de um ou outro dependendo do local. Espécies muito apreciadas pela carne branca e delicada, sendo que Plagioscion squamosissimus, a espécie mais comum, tem grande importância comercial na Amazônia.
EquipamentosO equipamento empregado é do tipo médio para linhas de 14, 17 e 20 lb. É aconselhável o uso de varas de ação mais rígida. O anzol pode variar do n° 2/0 a 6/0.
IscasPrincipalmente iscas naturais, como pequenos peixes em pedaços ou inteiros (lambaris, sardinhas de água doce) e camarões. Ocasionalmente, podem ser capturadas com plugs de meia água e jigs.
DicasOs maiores indivíduos costumam ser pescados agrave; noite em poços profundos. Como muitas vezes o cardume está no fundo, a fisgada tem que ser firme para o peixe não escapar.

Curimbatá




Nome PopularCurimbatá, Curimatã, Curimatá, Curimba, Papa-terra
Nome CientíficoProchilodus spp.
FamíliaProchilodontidae
Distribuição GeográficaBacias amazônica e Araguaia-Tocantins (P. nigricans), Prata (P. lineatus, P. scrofa, P. platensis) e São Francisco (curimatá-pacu P. marggravii, P. affinnis, P. vimboides). Foram introduzidas nos açudes do Nordeste.
DescriçãoPeixes de escamas. A principal característica da família é a boca protrátil, em forma de ventosa, com lábios carnosos, sobre os quais estão implantados numerosos dentes diminutos dispostos em fileiras. As escamas são ásperas e a coloração é prateada. A altura do corpo e o comprimento variam com a espécie. Pode alcançar de 30 a 80cm de comprimento total dependendo da espécie.
EcologiaEspécies detritívoras, alimentam-se de matéria orgânica e microorganismos associados à lama do fundo de lagos e margens de rios. Realizam longas migrações reprodutivas. São capturadas em grandes cardumes, sendo espécies importantes comercialmente, principalmente para as populações de baixa renda.
EquipamentosA pesca amadora é praticada principalmente nos barrancos da beira do rio com equipamento simples: varas de bambu, com 2-4m. A linha, geralmente uns 50cm maior que a vara, varia de 0,30-0,40mm. Os anzóis são pequenos e finos para facilitar a fisgada, de n° 8 a 2.
IscasComo são peixes detritívoros, não atacam iscas artificiais. A melhor isca é a massa de farinha de trigo iscada no anzol até a metade do colo. Deve ser consistente, nem muito dura nem mole demais.
DicasNão são peixes fáceis de capturar porque pegam a isca muito de leve, exigindo bastante calma e sensibilidade para efetuar a fisgada no momento certo.

Dourada



Nome PopularDourada
Nome CientíficoBrachyplathystoma flavicans
FamíliaPimelodidae
Distribuição GeográficaBacia amazônica.
DescriçãoPeixe de couro. A cabeça é prateada e o corpo claro com reflexos dourados, daí o nome comum. Apresenta longos lobos na nadadeira caudal e barbilhões curtos. É uma espécie de grande porte, que pode chegar a mais de 1,5m de comprimento total e 20kg.
EcologiaÉ um predador por excelência, atacando vorazmente os cardumes de peixes menores, principalmente peixes de escamas. Realiza longas migrações reprodutivas, percorrendo distâncias superiores a 4.000km, desde o estuário amazônico até a área pré-andina na Colômbia, Peru e Bolívia. Os peixes levam de 2 a 3 anos para migrar rio acima, antes de desovar aos três anos de idade. As larvas são carreadas rio abaixo pela forte correnteza alcançando o estuário, que é o hábitat de crescimento, em 2 a 4 semanas. A espécie tem importância comercial em diversas áreas da Amazônia.
EquipamentosO equipamento empregado é do tipo pesado com linhas de 25 a 30 lb. Anzóis encastoados de n° 8/0 a 10/0 com aço recapado de 50-100 lb. e chumbos para manter a isca no fundo.
IscasAs iscas devem ser peixes inteiros como jaraqui, curimbatá e matrinxã, entre outros.
DicasA pesca é realizada no leito de grandes rios, nos poços e trechos abaixo das corredeiras e pedrais. É um peixe que briga muito, dando bastante emoção ao pescador.

Dourado



Nome PopularDourado
Nome CientíficoSalminus maxillosus; Salminus. brasiliensis
FamíliaCharacidae
Distribuição GeográficaBacia do Prata (S. maxillosus) e bacia do São Francisco (S. brasiliensis).
DescriçãoPeixes de escamas. S. brasiliensis e S. maxillosus são bastante semelhantes, sendo que o primeiro, além de ser maior, apresenta uma coloração dourada com reflexos avermelhados, enquanto o segundo é dourado com as nadadeiras alaranjadas. Cada escama apresenta um filete negro no meio, formando riscas longitudinais da cabeça à cauda, do dorso até abaixo da linha lateral. Podem alcançar mais de 1m de comprimento total e 25kg, mas exemplares desse porte são raros. S. maxillosus é o maior peixe de escama da bacia do Prata, conhecido como o rei do rio.
EcologiaEspécies piscívoras, predadores vorazes, alimentam-se de pequenos peixes nas corredeiras e na boca das lagoas, principalmente durante a vazante quando os outros peixes migram para o canal principal. Nadam em cardumes nas correntezas dos rios e afluentes e realizam longas migrações reprodutivas. Têm grande importância comercial e esportiva.
EquipamentosVaras de ação média a pesada com linhas de 17, 20, 25 e 30 lb. É indispensável o uso de empate de arame ou de cabo de aço encapado com no mínimo 30cm de comprimento. Os anzóis mais usados são os de n° 5/0 a 8/0.
IscasEntre as iscas artificiais, as que apresentam melhores resultados são os plugs de meia água e as colheres, que podem ser utilizadas no corrico ou no arremesso em direção às margens. Iscas naturais como tuvira, sarapó, lambari, curimbatá e piraputanga também são bastante produtivas. Podem ser utilizadas na rodada, com um pequeno chumbo para afundar a linha e mantê-la na coluna d'água, ou deixando o barco rodar perto das margens, onde a isca é jogada repetidamente em direção às galhadas.
DicasQuando fisgados, esses peixes costumam dar saltos espetaculares fora da água. Nesse momento, o pescador não pode bambear a linha, porque como a boca do dourado é difícil de ser perfurada, muitas vezes o peixe consegue "cuspir" a isca. Os melhores locais de pesca são as águas rápidas, corredeiras e cachoeiras, assim como as margens de barranco, onde se pratica o corrico com isca artificial.

Jacundá



Nome PopularJacundá
Nome CientíficoCrenicichla spp.
FamíliaCichlidae
Distribuição GeográficaBacias amazônica, Araguaia-Tocantins, Prata e São Francisco.
DescriçãoPeixes de escamas; corpo alongado; boca grande, com a mandíbula um pouco maior que o maxilar superior. A borda posterior do pré-opérculo é serrilhada. A coloração e o padrão de manchas varia com a espécie: podem apresentar faixas verticais nos flancos, mas sempre apresentam uma faixa longitudinal mais escura ao longo do corpo, que se estende do olho até o pedúnculo da nadadeira caudal, e um ocelo na parte superior do pedúnculo caudal. Alcançam cerca de 40cm de comprimento total.
EcologiaEspécies carnívoras, que se alimentam de pequenos peixes, camarões e outros invertebrados. Como todos os ciclídeos são espécies sedentárias, que vivem em águas paradas (lagos, lagoas e remansos de rio). Têm relativa importância na pesca comercial e na pesca amadora.
EquipamentosEquipamento do tipo leve/médio; linhas de 10 a 14 lb.; anzóis de n° 1 a 4/0.
IscasPeixes pequenos (lambaris, carás) ou pedaços de peixe, minhocuçu, e plugs de meia água e de superfície.
DicasO jacundá vive perto de galhadas e tocas de pedra. São peixes extremamente territoriais, podendo ser encontrados sempre no mesmo lugar.

Jatuarana



Nome PopularJatuarana
Nome CientíficoBrycon sp.
FamíliaCharacidae
Distribuição GeográficaBacia amazônica.
DescriçãoPeixe de escamas; corpo alongado e um pouco comprimido. A coloração é prata uniforme, com uma mancha escura localizada atrás do opérculo. As nadadeiras são alaranjadas, com exceção da nadadeira caudal que é cinza. Os dentes são fortes e multicuspidados, com várias fileiras na maxila superior, uma característica do gênero Brycon. Alcança cerca de 1m de comprimento total e 8kg.
EcologiaEspécie onívora: consome frutos, sementes, insetos e, às vezes, pequenos peixes. Realiza migrações reprodutivas e tróficas. No início da enchente forma grandes cardumes para a desova. É importante comercialmente e como peixe esportivo.
EquipamentosEquipamento do tipo médio; linhas de 10 a 17 lb.; e, anzóis de n° 2/0 a 6/0.
IscasIscas artificiais, como colheres e plugs; iscas naturais, frutos, flores, insetos, minhoca, coração e fígado de boi em tirinhas.
DicasPode ser encontrada nas corredeiras e remansos dos rios. Quando fisgada, a tendência é levar a isca para o fundo.

Jaú



Nome PopularJaú/Giant Catfish
Nome CientíficoPaulicea luetkeni
FamíliaPimelodidae
Distribuição GeográficaBacias amazônica, Araguaia-Tocantins, São Francisco, Prata e em algumas bacias do Atlântico Sul. Amplamente distribuído na América do Sul, mas provavelmente existe mais de uma espécie recebendo este nome.
DescriçãoPeixe de couro; grande porte, pode alcançar mais de 1,5m de comprimento total e 100kg. O corpo é grosso e curto; a cabeça grande e achatada. A coloração varia do pardo esverdeado claro a escuro no dorso, mas o ventre é branco; indivíduos jovens apresentam pintas claras espalhadas pelo dorso.
EcologiaEspécie piscívora. Vive no canal do rio, principalmente nos poços das cachoeiras, para onde vai no período de água baixa acompanhando os cardumes de Characidae (especialmente curimbatá) que migram rio acima. Na Amazônia não é importante comercialmente, a carne é considerada "remosa", mas é apreciado no Sudeste do Brasil. A pressão de pesca pelos frigoríficos que exportam filé de jaú é muito grande e tem sido responsável pela queda da captura da espécie na Amazônia.
EquipamentosVaras de ação pesada; linhas de 30 a 50 lb.; anzóis encastoados n° 10/0 a 14/0. Deve-se usar chumbo tipo oliva, com peso de 300 a 1.000g, dependendo da profundidade e força da água.
IscasSomente iscas naturais, como pequenos peixes de escama, tuvira, muçum e, também, minhocuçu.
DicasEsta espécie é capturada nos poços logo abaixo das corredeiras, principalmente à noite. É muito importante que a isca fique no fundo.

Jundiá



Nome popular: Jundiá
Nome científico: Rhamdia spp
Habitat: Peixe de água doce que pode ser encontrado em praticamente todo o Brasil. Vive em rios com fundo arenoso, próximo à boca do canal onde procura alimento.
Como pescar: Deve-se utilizar equipamento ultra leve, composto por uma vara para linhas de 4 a 12 Lbs, carretilha ou molinete com capacidade para armazenar 100 metros de linha com 0,25mm de diâmetro e anzóis tipo maruseigo tamanho 1/0 ou 2/0. Deve-se utilizar chumbada que faça com que a isca toque o fundo. Pode-se também pescar com vara de bambu ou telescópica, caso o pesqueiro possibilite que , desta forma, a isca fique ao alcance do peixe. As melhores iscas são as minhocas, larvas e pedaços de carne(coração de boi).
Dica: Procure galhadas submersas e arremesse próximo a elas, aguardando o ataque que não deve demorar.
Melhor época: Durante todo o ano, de preferência com água suja.
Tamanho mínimo: Não informado.

Jurupensém



Nome Popular
Jurupensém, Bico-de-pato
Nome CientíficoSorubim cf. lima
FamíliaPimelodidae
Distribuição GeográficaBacias amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata.
Descrição
Peixe de couro; corpo roliço; cabeça muito longa e achatada. A boca é arredondada, sendo o maxilar superior maior que a mandíbula. Os olhos estão localizados lateralmente. O dorso é marrom escuro, quase preto, passando a amarelado e depois esbranquiçado abaixo da linha lateral. Apresenta uma faixa longitudinal escura no meio do corpo, que se estende do olho até a parte superior da nadadeira caudal. As nadadeiras são avermelhadas ou róseas. Espécie de médio porte, alcança cerca de 70cm de comprimento total.
EcologiaEspécie carnívora, alimenta-se de pequenos peixes, camarões e outros invertebrados. Na bacia amazônica, pode formar grandes cardumes, que sobem os rios no final da época seca e início da enchente, quando desova. Os cardumes costumam se concentrar nos poços abaixo das corredeiras, e, nessa época, são capturados pelos pescadores comerciais, o que faz com que apareça eventualmente em grandes quantidades nos mercados, mas não tem muita importância comercial.
EquipamentosO equipamento é leve; linhas de 17 a 25 lb.; anzóis de n° 4, 2, 1/0.
IscasIscas naturais, lambari, tuvira, minhoca, minhocuçu, pedaços de coração e fígado de boi.

Jurupoca



Nome PopularJurupoca, Jerepoca, Braço-de-moça, Liro
Nome CientíficoHemisorubim platyrhynchos
FamíliaPimelodidae
Distribuição GeográficaBacias amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata.
DescriçãoPeixe de couro; médio porte, alcançando cerca de 60cm de comprimento total e 3kg. Apresenta uma característica que o difere dos outros pimelodídeos: a mandíbula é um pouco maior que o maxilar superior, fazendo com que a abertura da boca fique voltada para cima. A coloração pode variar de castanho esverdeado para o amarelado, e o ventre é branco. Apresenta manchas pretas ovaladas de tamanho variável alinhadas na extensão do corpo; freqüentemente, uma dessas manchas se localiza junto à base do lobo superior da nadadeira caudal.
EcologiaEspécie carnívora, alimenta-se de peixes e invertebrados. Vive na beira dos rios e na boca das lagoas. A carne é amarelada e de excelente sabor.
EquipamentosEquipamento médio/pesado; linhas 17, 20, 25 lb.; anzóis de n° 2/0 a 6/0; e linha de fundo com chumbo oliva.
IscasFilés ou pedaços de peixes, como sardinha de água doce, lambaris e pequenos curimbatás.

Lambari



Nome PopularLambari, Piaba
Nome CientíficoAstianax spp.
FamíliaCharacidae
Distribuição GeográficaBacias amazônica, Araguaia-Tocantins, São Francisco, Prata e Atlântico Sul.
DescriçãoPeixes de escamas; de pequeno porte, raramente ultrapassando 20cm de comprimento total; corpo alongado e um pouco comprimido. A coloração é bastante variada; algumas espécies são muito coloridas.
EcologiaEspécies onívoras, alimentam-se de vários itens alimentares vegetais e animais (flores, frutos, sementes, insetos, crustáceos, algas, detritos etc.); vivem em vários tipos de hábitats. Os menores e mais coloridos têm importância como peixe ornamental.
EquipamentosMateriais de ação leve, tanto varas de bambu quanto varas com molinete. As linhas podem ser de 2 a 6 lb.; e os anzóis do tipo mosquitinhos são os ideais.
IscasIscas de queijo, macarrão, insetos, minhocas, pedacinhos de peixe.
DicasDurante a pescaria, é preciso ficar muito atento, porque esses peixinhos são muito ligeiros e roubam a isca facilmente.

mandi



Nome PopularMandi, Bagre, Surubim-bagre
Nome CientíficoPimelodus spp.
FamíliaPimelodidae
Distribuição GeográficaBacias amazônica, Araguaia-Tocantins (P. blochii), Prata (P. maculatus, P. ornatus), São Francisco e Atlântico Sul.
DescriçãoPeixes de couro. Existem várias espécies de Pimelodus. A forma do corpo é bastante parecida: alto no início da nadadeira dorsal, afunilando em direção à cabeça e à nadadeira caudal. Uma característica comum do gênero é a presença de um acúleo forte e agudo nas nadadeiras dorsal e peitorais. O comprimento varia de 20-50cm, dependendo da espécie, e a coloração também varia com a espécie. O desenho é um Pimelodus maculatus. A coloração é parda na região dorsal, passando para amarelada nos flancos e branca no ventre. Apresenta 3 a 5 séries de grandes manchas escuras ao longo do corpo e pintas nas nadadeiras. Alcança cerca de 50cm de comprimento total. Nas bacias amazônica e Araguaia-Tocantins a espécie mais comum é o P. blochii. A forma do corpo é semelhante à do P. maculatus, mas a coloração é amarelada uniforme. O tamanho também é menor: 20-30cm.
EcologiaPeixes onívoros, alimentam-se de peixes, invertebrados, frutos/sementes e detritos. Vivem nos remansos das margens dos rios. Na Amazônia, P. blochii é um peixe muito comum na beira dos rios. Como é facilmente capturado com anzol, é importante para a pesca de subsistência. Mesmo sendo peixes pequenos, por causa da abundância, estas espécies são facilmente encontradas em mercados e feiras.
EquipamentosEquipamento do tipo leve/leve médio; linhas de 10 a 14 lb.; e, anzóis até o n° 2/0.
IscasIscas naturais, como minhoca, peixes pequenos ou em pedaços, queijo prato.
DicasEstes peixes devem ser manuseados com cuidado, porque os espinhos das nadadeiras dorsal e peitorais podem causar ferimentos dolorosos.